Ela vive paixões. E não admite uma vida sem paixão, sem que o coração viva aos saltos e faça o sangue correr mais rápido nas veias, ruborescendo faces e suando mãos. E assim sempre foi.
Aprendeu a falar línguas estranhas porque queria ser diferente. Foi trabalhar com gente diferente porque vivia num mundo que não era o dela, ou talvez o mundo em que vivia fora feito para outra pessoa, e ela teimava em lá estar por engano.
Era atriz. Vivia papéis. Era mestre. A sala de aula era seu palco, a turma sua platéia. Viveu o papel de mulher auto-suficiente quando já não era mais suficiente que assim fosse. E você apareceu. E tomou-a de paixões, de propósito, sabendo que ela era mulher de paixões. E assim ela empacotou seu trabalho estranho e desmontou seu palco, e foi viver numa terra estranha, por causa. de você. E já não trabalhava mais com gente diferente nem tinha mais um palco para atuar e, posto que era atriz, perdeu seu papel. E adoeceu de uma doença, sem cor e sem sabor, mas com cheiros e visões. E em meio a cansaços, lágrimas, ardores e vômitos, ela já não mais queria atuar, não desejava mais os palcos, antes ardia pelas cavernas, almejava o escuro. Já não queria sentir o sangue correr, antes desejava ficar quietinha, encolhida, misturada aos seus cheiros de éter e vômito e aos cabelos que lhe fugiam. Queria dormir para que o mundo voltasse a ser estranho para ela e não mais que ela continuasse a ser estranha para o mundo. Não queria ver pessoas, não queria saber do mundo. Despiu-se da beleza, ganhou olhos vermelhos, manchas e um corpo disforme.
Mas não se pode dar ao luxo de sofrer derrotas, porque, sendo mulher de paixões que é, acabou por te contaminar, moço. E tornou-se responsável por ti, posto que te cativou e precisava fazer valer a máxima do Pequeno Príncipe. Tinha agora a responsabilidade de voltar a viver seus papéis na vida, mas desta vez, em dueto. Porque ouviu Oswaldo Montenegro, e descobriu qual era a sua metade, e que não se pode dançar uma valsa sozinha, ao som dos bandolins.
VERÓNICA VIDAL
VERÓNICA VIDAL
quase que eu choro *-*
ResponderExcluiradorei !
te amo mami.
É, eu também chorei. Somos choronas. Te amo um monte de amor. Beijos.
ResponderExcluirto tão orgulhosa de você amiga, essa foi lá no fundo do meu coração e fez morada... te amo pra sempre minha poetisa!!!!! bjinhusssss
ResponderExcluirÔoo.. Moniquinha.. chamar de poetisa deu-me uma responsabilidade que não posso suportar.
ResponderExcluirPoetisarei agora: Tu estás eternizada nas minhas lembranças, como a menina de 14 anos. Para mim, terás sempre 14. Beijos!
Essa é a MINHA menina, a que levanta, sacode a poeira, dá Glórias a Deus e dá a volta por cima.
ResponderExcluirEssa não deu prá segurar as lágrimas, mas como vc mesma diz, não somos chegadas a muito "chororo", por isso já estou rindo, me vendo no "formato geladeira antiga". Essa foi a sua máxima!
Te amo.
Essa é a MINHA madrinha, mãe do coração. A vida é uma só e não temos outra. Não posso sentar à janela e vê-la passar. Até que o Senhor me chame, muita coisa há que se fazer. Muito ainda temos que sorrir. Beijocas. Te amo muito e muito.
ResponderExcluirnao consegui ler apesar do título sugestivo... perdi tempo demais olhando o teu decote... mas vou ler, juro.
ResponderExcluirAi, Sr. Anônimo, que emocionante! Aqui, fazemos de um tudo: Quem não tá a fim de ler pode se deleitar nas minhas fotos cheinhas de photoshop e que datam de uns 10 anos atrás...Na verdade, eu sou banguela, ligeiramente estrábica do olho esquerdo - o direito é de vidro. Ah! E o peitinho do decote tá enrolado, pq, quando solta, incomoda na cintura. Um beijinho!
ResponderExcluirLi.
ResponderExcluirTexto limpo e seguro; sem pretenções. Surpreendentemente com os verbos afinados, para uma brasuca (desculpa este resquício de colonialismo serôdio)
Vou voltar ao teu decote e amanhã volto aos teus textos. Algo me diz que vou surpreender-me, Photoshop aparte...
Anónimo (não circunflexo)
Ora, ora, e não é que temos por cá um Sr. Tuga decerto avesso ao (des)acordo ortográfico? Nem me fale em colonialismo serôdio, pois eu me permitir colonizar tardiamente e feliz ando por cá, obedecendo de bom grado ao meu senhor, sonhando um dia volver à pátria amada, que só passou a ser amada depois de abandonada. Fiquei eu toda vaidosa, e espero que a minha professora de português da terceira série leia isso. Um beijinho doce.
ResponderExcluirVerónica - brasileira, porém limpinha.
Não senhor! Defendo o acordo ainda que nao o pratique(por enquanto), sou uma espécie de convertido nao praticante. Acho ate que se deveria ter ido mais longe. Que esse colonialismo de coração seja recíproco.
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