quinta-feira, 15 de abril de 2010

ESCOLHAS

Minha paciência anda curta para muita coisa. Talvez tenha sofrido deste mal desde sempre. Passo a vida a justificar o porquê do Vasco ter ido para a segunda divisão, o porquê do Lula ter fama de beberrão, o porquê de pedirmos uma Coca e não uma Cola. Que saco! Acabo por pedir uma Pepsi.

Adoraria ser magrinha feito as BBB's que posam para as Paparazzi da vida. E ter 22 anos também. Mas, ao mesmo tempo, adoro um belo crepe com sorvete e calda de chocolate, o que, à partida, não combinaria com o look magrinha capa de Play Boy. Meus 22 anos também já lá se foram há uns (poucos) anos. O que me faz pensar que não podemos, de fato, ter tudo o que queremos, ao mesmo tempo. Não podemos ter desejos antagônicos. Se meu sonho é uma bunda durinha, preciso esquecer a cama quentinha e levantar cedo para ir à academia. Se meu desejo é uma barriga chapadinha, o crepe com sorvete terá que ficar de lado (isso é sim, muito injusto!).

Conheci um sujeito que vivia uma vida faustosa. Nada de grandes espantos, mas, como muitos outros, gastava bem mais do que os seus ganhos lhe permitiam. Comprava roupas de boa marca, hospedava-se em hotéis quando sua realidade não lhe permitiria sequer uma pensão barata, pagava almoços e jantares com mais freqüência do que a sua conta bancária lhe deixava. E assim seguiu sua vida, por anos a fio. Era um cara legal, simpático, na dele, gente boa. Acumulou dívidas e não construiu nada. Era bem conhecido, há anos, dos serviços de proteção ao crédito. Há algum tempo atrás, ele anuncia, com ares de prosperidade, que havia entrado num bom negócio. No mesmo dia do tal anúncio, sua filha pede-lhe ajuda para pagar a faculdade. E ele diz: "Não dá." Não podemos ter desejos antagônicos. Não podemos viver como se não tivéssemos filhos, se já os tivemos. Lamento por este sujeito. Ele teve 3 filhos, não ajudou nenhum, não criou nenhum. A vida lhe concedia uma última oportunidade. Era preciso fazer a escolha, e ele escolheu mal.

Sou vascaína, estando o Vasco em qualquer divisão. Não sou jogadora, e sim torcedora. Sou brasileira, por isso peço uma Coca Zero e nem gosto de Pepsi. Se o Lula bebe é problema dele, eu quero é um país justo e uma qualidade de vida compatível com a riqueza do país, para toda a população. Vou aprender a usar o photoshop.

2 comentários:

  1. Adorei ! As vezes damos oportunidades sem querer, com um fio de esperança de que ela seja aproveitada, porém, não ficamos tristes por não ter sido do jeito que imaginavamos, quem perde são os outros :D

    Te amo mamita

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  2. Que profundo, Tatah. Puxa, nem notei que vc cresceu e já fala assim, feito gente grande. É, azar o dele, né? Mané! (ainda se diz isso?)

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Vá, coragem, diga alguma coisa, comente, não dói nadinha... Beijos!