E é porque me inspiras e é porque me seduzes e é porque me excitas e é porque me encantas. E é porque passa o tempo, e havias de fazer algo de péssimo, a fim de quebrar o encantamento, mas não o fazes, e sigo assim, enfeitiçada, perdida, atordoada.
E é porque me socorres e é porque me curas e é porque me escutas. E num diálogo não verbal diz-se tudo e mais ainda. Em palavras diz-se tudo aquilo que não se queria dizer. É melhor ser muda. Mas nada muda.
E quando te fazes frágil e julgas desencantar-me, fazes-te menino e te fazes mais humano, menos herói, mais real, mais perto. Mais doce. E a insensata dependência que me ata a ti tira-me o conforto, descontrola-me, mete-me medo. Desejo a insanidade mental declarada a fim de viver declaradamente o desejo insano. Quero todas as coisas, da forma mais egoísta possível, e talvez, apenas talvez, consiga.
Verónica Vidal - triste daqueles que não vivem paixões insensatas, loucos amores, daqueles inexplicáveis. Durem o quanto durem, são essenciais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vá, coragem, diga alguma coisa, comente, não dói nadinha... Beijos!