Saltitava por entre os mundos a fim de descobrir como se apaga o Sol, pois sua Rosa logo se tornaria velha com o passar do tempo. E o tempo era impiedoso. Ah, sim, Mariana encenava a peça "Como é que se apaga o Sol?" baseada no livro de Antoine Exupery "O Principezinho" (O Pequeno Príncipe, no Brasil).
Mariana é uma doce menina cheia de energia e que, do alto dos seus 7 anos, consegue nos abraçar com uma risadinha nervosinha. Tagarela e inteligente, é filha única numa casa com pai, mãe, avô, tio, e tia a rodeá-la de carinhos e colinhos e miminhos, além dos muitos e muitos cala-a-boca-Mariana, fica-quieta-Mariana e venha-cá-Mariana. O fato é que ela enfeita a vida daqueles como um quadro à parede nua.
E saímos nós, daqui da aldeia, bem munidos e apetrechados de batatas e cebolas e alhos e bugalhos, para visitar o primo da cidade, a pretexto de assistir a peça de teatro. Levávamos ainda o genro e a filha, com o neto ainda empacotadinho na barriga.e, se não fossem as auto estradas e o carro luxuoso, seríamos a família Buscapé sem tirar nem por.
Uma vez sentada na sala de Teatro da Academia de Santo Amaro, e ver o pai da Mariana a posicionar-se em lugar estratégico para fotografar a arte da cria, era impossível não reviver os momentos das apresentações das minhas filhas no CEJOP. Era impossível não planejar mil e uma coisas para o neto que está para nascer.
E a Raposa diz: "Tu te tornas eternamente responsável por aquele que cativas". Ora, Mariana, sendo assim, és responsável por mim. Acendeste-me o sol.
Verónica Vidal
Para a Mariana, a menina que pode fazer quase todas as coisas do mundo, e até fora do mundo, como acender o Sol, por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vá, coragem, diga alguma coisa, comente, não dói nadinha... Beijos!